Empresários e gestores de empresas de turismo no Brasil reagiram de forma negativa à notícia de que o presidente Lula decidiu exigir novamente o visto para cidadãos dos Estados Unidos, do Japão, da Austrália e do Canadá. A exigência estava suspensa desde 2019, mas não houve contrapartida desses países, que continuam exigindo visto dos brasileiros.
O Itamaraty informou ao Governo que a dispensa do visto não produziu aumento significativo no turismo internacional para o Brasil, embora a pandemia da Covid-19 tenha interferido dramaticamente nesse fluxo.
Para o presidente da Associação Rio Vamos Vencer, Marcelo Conde, que reúne empresários do turismo em todo o Brasil, a volta da exigência de vistos dificultará em muito a atração de visitantes internacionais. Ele ressalta que há muitos anos o Brasil está estagnado na casa dos 6 milhões de turistas estrangeiros.
“Ainda sofremos com a falta de políticas públicas eficientes, com a inexistência de uma companhia aérea forte, de bandeira nacional, e com a escassez de verba para promoção do destino, sem mencionar os efeitos da pandemia. Dificultar o acesso de estrangeiros é uma atitude retrógrada e maléfica para o Brasil”, enfatizou Marcelo Conde.
O empresário classificou como equivocada a alegação do Itamaraty sobre a inexistência do aumento no fluxo de turistas neste período. “Em janeiro de 2023, tivemos um recorde de 868 mil visitantes, superando o mesmo período de 2019, o que foi comemorado pelo próprio presidente Lula nas redes sociais. Sem dúvida a isenção de vistos, sobretudo para EUA e Canadá, influíram nesse resultado. Falta uma política nacional para o turismo e que reconheça a importância e o enorme potencial do setor para o crescimento da economia”, acredita o dirigente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário