Na quinta-feira da semana passada, policiais à paisana foram à casa do juiz Eduardo Lino Bueno Fagundes Júnior por volta de meio-dia e meia. Tocaram a campainha e, dizendo apenas que eram do Fórum Criminal, pediram que o magistrado abrisse a porta. Assim que ele se apresentou, recebeu voz de prisão.
Eduardo é um juiz conhecido na cidade. Há dez anos, ele atua na 1ª Vara de Execuções Penais de Curitiba e já mandou prender muita gente, mas nunca esteve do outro lado. Ele pediu para ver o mandado de prisão, mas os policiais disseram que não tinham o documento em mãos e acabaram mostrando um print na tela do celular.
Tratava-se de um documento assinado pelo próprio Eduardo duas horas mais cedo. Um mandado de prisão relacionado a um caso de furto. De fato, seu nome estava lá, mas era no campo “juiz expedidor”. Depois de constatado o erro de leitura, os oficiais do serviço reservado da Polícia Militar (PM) pediram desculpas e foram embora dizendo que o “setor de inteligência” é que havia passado a informação errada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário