Pesquisadores brasileiros descobriram que duas doses da Coronavac podem não ser suficientes para a variante brasileira do novo coronavírus (P1), identificada primeiro em Manaus, capital do Amazonas, em dezembro de 2020.
A pesquisa, ainda preliminar, traz outro alerta importante: os anticorpos de quem já teve o novo coronavírus com a cepa mais comum da doença não garantem imunidade contra esta variante.
O estudo, conduzido por cientistas da USP, Unicamp, Universidade de Oxford entre outras instituições, sugere que a cepa, presente em pelo menos 17 estados brasileiros, é capaz de driblar a capacidade neutralizante dos anticorpos produzidos tanto por quem já pegou Covid-19, como por quem já recebeu duas doses da Coronavac.
O artigo chama a atenção para a possibilidade de novas variantes do Sars-CoV-2 serem mais resistentes às vacinas contra Covid-19. Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram o plasma de oito pessoas que participaram dos testes da fase 3 da Coronavac e que já haviam sido imunizados com as duas doses da vacina no final de agosto.
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