terça-feira, 15 de dezembro de 2015

PF faz busca em endereços de Cunha e de ministros em nova fase da lava jato

Em mais uma fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (15) mandado de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e dos ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), ambos do PMDB. Fábio Cleto, aliado de Cunha que ocupava uma das vice-presidências da Caixa até recentemente, também foi alvo de busca, em São Paulo. Ele é um dos principais operadores do presidente da Câmara. A ação da PF ainda atinge o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), apontado como interlocutor do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nos desvios da Petrobras, do senador e ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA), que é investigado no Supremo Tribunal Federal pela Lava Jato, e de Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro. Com Cunha, ministros e parlamentares na mira, a operação da PF atingiu em cheio o PMDB. Embora não seja alvo direto de um mandado de busca, o presidente do Senado também é objeto desta operação. Um dos inquéritos investigados nesta fase é o dele. A operação atinge pessoas com foro privilegiado ou ligadas a eles. Ao todo, a PF cumpre 53 mandados de busca e apreensão em São Paulo (15), Distrito Federal (9), Pernambuco (4), Pará (6), Rio Grande do Norte (1), Ceará (2) e Alagoas (2), referentes a sete processos instaurados na Lava Jato. Segundo a PF, as buscas ocorrem em endereços funcionais de investigados, sedes de empresas, escritórios de advocacia e órgãos públicos com o objetivo de “evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados”. Ainda segundo a PF, também foi autorizada apreensão de bens “que possivelmente foram adquiridos pela prática criminosa”. Além de Brasília, mandados de busca e apreensão contra Cunha, que é alvo em dois inquéritos por suspeita de ligação com o esquema de corrupção da Petrobras, são cumpridos em todos os endereços dele no Rio de Janeiro. Celso Pansera é alvo de busca em Duque de Caxias (RJ), e Henrique Eduardo Alves, no Rio Grande do Norte. Foto: Divulgação

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