Em mais uma fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal
cumpre nesta terça-feira (15) mandado de busca e apreensão na residência
oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e dos ministros Celso
Pansera (Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), ambos do
PMDB. Fábio Cleto,
aliado de Cunha que ocupava uma das vice-presidências da Caixa até
recentemente, também foi alvo de busca, em São Paulo. Ele é um dos principais
operadores do presidente da Câmara. A ação da PF ainda atinge o deputado Aníbal
Gomes (PMDB-CE), apontado como interlocutor do presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), nos desvios da Petrobras, do senador e ex-ministro Edison
Lobão (PMDB-MA), que é investigado no Supremo Tribunal Federal pela Lava Jato,
e de Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro. Com Cunha, ministros e
parlamentares na mira, a operação da PF atingiu em cheio o PMDB. Embora não
seja alvo direto de um mandado de busca, o presidente do Senado também é objeto
desta operação. Um dos inquéritos investigados nesta fase é o dele. A operação
atinge pessoas com foro privilegiado ou ligadas a eles. Ao todo, a PF cumpre 53
mandados de busca e apreensão em São Paulo (15), Distrito Federal (9),
Pernambuco (4), Pará (6), Rio Grande do Norte (1), Ceará (2) e Alagoas (2),
referentes a sete processos instaurados na Lava Jato. Segundo a PF, as buscas
ocorrem em endereços funcionais de investigados, sedes de empresas, escritórios
de advocacia e órgãos públicos com o objetivo de “evitar que provas importantes
sejam destruídas pelos investigados”. Ainda segundo a PF, também foi autorizada
apreensão de bens “que possivelmente foram adquiridos pela prática criminosa”. Além
de Brasília, mandados de busca e apreensão contra Cunha, que é alvo em dois
inquéritos por suspeita de ligação com o esquema de corrupção da Petrobras, são
cumpridos em todos os endereços dele no Rio de Janeiro. Celso Pansera é alvo de
busca em Duque de Caxias (RJ), e Henrique Eduardo Alves, no Rio Grande do
Norte. Foto: Divulgação
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