O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, mudou de estratégia e deu início a uma coleta de assinaturas entre deputados para pautar a anistia aos envolvidos do 8 de Janeiro direto a plenário. Até o momento, o partido conta com 165 assinaturas, entre 257 necessárias.
A intenção, conforme indicou o líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), nesta quinta-feira (3), é alcançar o apoio para uma votação de urgência na primeira quinzena de abril. O movimento depende de decisão do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) , mas aumenta pressão para pautar a proposta em plenário.
“Nós vamos trabalhar com celeridade para que na próxima reunião de líderes, na quinta-feira que vem, a gente tenha essas 257 assinaturas, que aí já não dependeremos mais da autorização do presidente Motta e dos líderes. Com 257 assinaturas, entrará na pauta na semana seguinte”, afirmou Sóstenes, após reunião com outros representantes partidários.
O deputado prevê ampliar o número de assinaturas em visitas a reuniões de bancadas partidárias na próxima semana. Entre as previsões está a participação de encontro com deputados do PP, na terça-feira que vem.
O novo caminho é uma possibilidade prevista no regimento interno da Câmara, que estabelece a inclusão automática para discussão e votação de projetos indicados como “de relevante e inadiável interesse nacional, a requerimento da maioria absoluta da composição da Câmara”. Ainda assim, será necessário contar com aval do presidente da Casa, Hugo Motta.
A forma mais tradicional é indicação dos líderes partidários, mas a falta de avanços nesse sentido levou à nova campanha do partido. O PL também promete manter uma obstrução “moderada”, que abrirá exceções para projetos de destaque, mas atuará para uma análise mais lenta entre projetos na Câmara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário