Três irmãos da deputada federal Zenaide Maia, candidata a senadora do Rio Grande do Norte pelo PHS, e do ex-deputado federal João Maia (PR) foram contratados sem seleção pública para trabalhar no Censo Legislativo, realizado pelo programa Interlegis, do Senado Federal, em 2005. E quem teria viabilizado a contratação foi outro irmão, Agaciel Maia, então diretor-geral da Casa.
O caso foi denunciado pelo portal Congresso em Foco. De acordo com a reportagem, os três irmãos de Agaciel e Zenaide foram pagos com dinheiro público para atuar no mapeamento de 94 câmaras municipais do Rio Grande do Norte, além da Assembleia Legislativa. O Censo Legislativo era um requisito para a manutenção de um contrato de US$ 25 milhões do Senado (de onde Agaciel era diretor-geral) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID.
Foram contratados para executar o Censo no Estado os irmãos Galbê, Zilne e Zoraide, todos Maia. Os três foram admitidos sem processo seletivo. O Congresso em Foco que parentes de outros políticos, além de Agaciel, entraram no processo, numa espécie de “Trem da Alegria”.
À época, Agaciel Maia responsabilizou o então primeiro-secretário do Senado, Efraim Filho, pelas contratações supostamente irregulares. “Pergunta para quem os nomeou. Eles são ligados ao DEM. Não tenho nada a ver com isso. Pergunte ao primeiro-secretário que era responsável pelo Interlegis na época”, afirmou ao Congresso em Foco.
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