A Operação Ponto Final, que prendeu Jacob Barata Filho, investiga o pagamento de mais de R$ 260 milhões em propina a políticos e agentes públicos do Rio de Janeiro. O dinheiro, segundo os investigadores, era guardado em transportadoras de valores.
Barata foi preso ontem à noite ao tentar embarcar para Portugal.
O MPF identificou durante as investigações quatro núcleos básicos: o núcleo econômico, formado pelos executivos das empresas organizadas em cartel; o núcleo administrativo, composto por gestores públicos do governo do Estado, os quais solicitaram/receberam propinas; núcleo operacional, cuja principal função era promover a lavagem de dinheiro desviado; e o núcleo político, liderado por Sérgio Cabral.
Depoimentos prestados aos procuradores da Lava Jato confirmam os pagamentos de propinas nos mesmos moldes das empreiteiras, com o objetivo de garantir tarifas e contratos com o governo Cabral.
Entre 2010 e 2016, Cabral embolsou mais de R$ 122 milhões e Rogério Onofre (ex-Detro) recebeu outros R$ 44 milhões das empresas de transporte do Rio.
A operação Ponto Final decorre das investigações das Operações Calicute e Eficiência.
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