O rompimento formal do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo da presidente Dilma Rousseff levou
integrantes do Palácio do Planalto a considerar o momento atual como o de “uma
crise institucional gravíssima”. O termo, usado por ministros foi definido após
a confirmação do rompimento –uma reação de Cunha, que culpa o governo pelo que
chama de ação orquestrada da Procuradoria-Geral da República para que o lobista
Julio Camargo dissesse que deu US$ 5 milhões em propina para ele. Até então, o
lobista, investigado na Operação Lava Jato e que virou delator, negava ter
passado suborno a Cunha. Após o anúncio oficial do rompimento, na manhã da
sexta-feira (17), os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Edinho Silva
(Comunicação Social) e Aloizio Mercadante (Casa Civil) discutiram uma reação ao
posicionamento do peemedebista. A ordem era a de não tensionar ainda mais a
relação com o presidente da Câmara, tom adotado em nota divulgada pelo
Planalto.
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