quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sethas busca solução financeira para programa

Segundo a Secretaria de Trabalho, Habitação e Ação Social a intenção do Governo é mudar o programa e buscar soluções financeiras para uma melhor eficiência. “É o maior e mais importante programa social do Governo do Estado, importante social e economicamente”. Quando questionado sobre o uso de leite em pó por falta de leite nas usinas, o secretário Luiz Eduardo Carneiro defendeu mudanças. “Isso é ilegal. É preciso que o estado fiscalize mais, para que não se tenha irregularidades”.
           
Os produtores e usineiros estão unidos no discurso da necessidade de mudanças para salvar o programa. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (FAERN), Otávio Augusto Tavares, falou do legado econômico. “É importante economicamente, é também representa a defesa da cadeia produtiva do Estado”. O presidente do Sindileite, que representa os usineiros, criticou como a categoria é tratada nos debates sobre o programa do leite. “Na verdade não somos usineiros, somos pequenas indústrias. Quando o programa foi lançado foram criadas 26 indústrias de leite para o processamento, hoje já são apenas 22, e por quebradeira mesmo. Temos aqui que tomar uma decisão para não deixar sucumbir o produtor rural”.
           
No final da audiência, o momento mais emocionante, quando os produtores rurais relataram as dificuldades de manter a produção. O produtor da cidade de Santa Cruz, Ivan Gonçalo, chorou ao relatar o sofrimento diário. “A dívida com o Banco do Brasil, Banco do Nordeste e agiotas chega aos R$ 340 mil. Perdi 90% do meu rebanho desde 1996. Eu perco sete mil todos os meses, por que produzimos o litro de leite com prejuízo de 30 centavos. Por favor, nos ajudem, por que não agüentamos mais”.
           
O deputado Fernando Mineiro (PT) defendeu um debate sistemático por parte de todos os envolvidos. “Os problemas com este programa são recorrentes, e sabendo da importância, devemos buscar aqui na Assembleia debater o assunto constantemente. Precisamos aprofundar o debate”.

Fonte: ALRN

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