Dono de um olfato que lhe rendeu 58
anos de exercício de mandatos eletivos, José Sarney fareja um 2014 áspero para
seus aliados do PT. Começa a enxergar o mundo de ponta-cabeça. Acha que a
entrada de Marina Silva na disputa sucessória provocou “um tsunami político”.
Avalia que “em torno dela se criou uma frente robusta de combate ao PT e ao
governo Dilma, abrindo uma possibilidade antes considerada impossível:
derrotá-los.” “Para fugir da ameaça de derrota, pensaram alguns líderes do PT
até mesmo em fazer Lula candidato”, constata o morubixaba do PMDB. O calendário
já não permite a troca de candidato. Talvez nem adiantasse, insinua Sarney:
Lula “parece também ter sido atingido pelo maremoto e ter perdido a aura da
invencibilidade, embora mantenha seu carisma e ainda seja a maior liderança
política do país.”
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