quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Ex-auxiliar de Moraes nega à PF ter negociado vazamento de mensagens


O perito Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação), do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), negou em depoimento à PF (Polícia Federal) ter negociado o vazamento das mensagens publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo. À corporação, disse que não foi procurado para negociar o material das conversas em troca de dinheiro.
Tagliaferro teve o celular apreendido depois de ser preso por violência doméstica em 9 maio de 2023, em Caieiras, na região metropolitana de São Paulo. À PF, o perito disse ter recebido o aparelho 6 dias depois, deslacrado e corrompido. Ele afirmou que “jogou fora” o telefone.
O ex-chefe do órgão do TSE disse que entregou o celular desbloqueado (sem senha) à Polícia Civil. Tagliaferro depôs na manhã desta 5ª feira (22.ago.2024) na Superintendência da PF em São Paulo. A oitiva é realizada no inquérito aberto pelo ministro do STF Alexandre de Moraes para investigar o vazamento das mensagens.
O inquérito da PF deve mirar as circunstâncias do vazamento pelo período que celular ficou na Polícia Civil de SP. O perito depôs por pouco mais de 1h. No depoimento, também citou a “possível origem criminosa” do vazamento das mensagens de seu celular.
O ex-auxiliar de Moraes foi ouvido depois da troca de mensagens entre Tagliaferro e o juiz do Supremo Airton Vieira vazarem e indicarem o uso extraoficial da Corte Eleitoral por parte do ministro do STF.
Moraes é citado nas conversas obtidas pela Folha de S.Paulo, que também mostram o recebimento de dados sigilosos da Polícia Civil de São Paulo pelo chefe do órgão do TSE.

Nenhum comentário:

Postar um comentário