Com um lance de R$ 33,5 milhões, o Hotel Parque da Costeira foi arrematado pelo Ocean Palace nesta quinta-feira (11) e deve receber investimentos da ordem de R$ 70 milhões em obras de reestruturação e instalação de equipamentos. A informação foi confirmada à tribuna do norte pelo empresário Ruy Gaspar, do grupo A. Gaspar, proprietário do Ocean Palace. Segundo ele, já foram pagos 20% do valor do arremate e o restante será quitado em 30 parcelas.
O Hotel Parque da Costeira foi arrematado, inicialmente, por um grupo pernambucano, durante leilão que ocorreu na última segunda-feira (8). O lance foi de R$ 35 milhões. No entanto, o prazo para o pagamento do valor mínimo da compra expirou na quarta-feira (10). Pelas normas do leilão, a empresa com maior proposta teria um dia útil após a confirmação do arremate para quitar, pelo menos, 20% do volume acertado, o que não ocorreu.
O empresário Ruy Gaspar, do Ocean Palace, informou que o próximo passo, após a compra, será uma reforma no Parque da Costeira assim que houver segurança jurídica para tal. “Já pagamos os 20% estabelecidos no edital e agora vamos aguardar o posicionamento da Justiça para saber o que vai acontecer. Vamos iniciar uma reforma assim que a gente tiver segurança jurídica. O hotel está em situação de abandono total. Faltam equipamentos como cama, televisão e frigobar”, detalha.
Os cálculos sobre investimentos incluem, segundo o empresário, serviços estruturais e de compra dos equipamentos. “Pela situação do hotel, deverão ser investidos algo em torno de R$ 70 milhões. São 352 apartamentos. Então, a conta é muito simples: tem que comprar 352 televisores, 704 camas, além de lençóis, roupa de cama, talheres… Isso sem falar do abandono com as piscinas, onde será necessário trocar todo o revestimento”, descreve Ruy Gaspar.
O empresário se mostrou animado com a compra e destacou os impactos da reativação do hotel para o setor turístico da cidade. “Natal está vivendo uma crise muito grande no turismo. Basta ver que há grandes hotéis fechados, o que resulta em cerca de 800 apartamentos fechados e 2 mil leitos a menos. Isso compromete quase mil empregos diretos e 20 mil indiretos. Mas eu sou otimista. Acredito muito no turismo do Rio Grande do Norte e acho que nós temos condições de recuperar aquela estrutura e resgatar a Via Costeira”, pontua.
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