Entre 1990 a 1994, Carlos Alberto ficou sem mandato, após ser impugnado devido a um erro observado na ata dos partidos aliados. Conseguiu se eleger deputado federal pelo PFL, no pleito seguinte. Nesse período, Micarla assumiu as empresas da família, a pedido do pai, que enfrentou durante dois anos um câncer (mieloma) em estado terminal. Segundo Micarla, era de suma importância que seu pai ganhasse a reeleição para o Senado Federal, como forma de se energizar e ganhar sobrevida até o surgimento de novo tratamento contra a doença. Perdeu a eleição para o ex-senador Fernando Bezerra, apoiado pelo ex-governador Garibaldi Alves Filho.
Ainda bastante convalescente, Carlos Alberto foi morar em um condomínio em Petrópolis. Coincidentemente, era o mesmo endereço do seu ex-patrão na rádio Cabugi e contumaz adversário político: o ex-ministro Aluízio Alves. Segundo Micarla, foi nesse imóvel, onde os dois selaram a paz. “Por muito tempo eles deixaram de se falar. Se confrontavam todos os dias. Papai xingava Aluízio de bruxo. Aluízio retrucava chamando meu pai de ingrato. Só que teve um dia em que meu pai me chamou e disse que a partir daquele momento, após 30 anos, a guerra tinha acabado entre as duas famílias. Ficaram amigos, aliás, sempre foram. A política que impedia a aproximação. Quando meu pai morreu, em dezembro de 1998, Aluízio foi o primeiro a chegar ao nosso apartamento”.
ESCANTEADA POR CANALHAS
Hoje, missionária evangélica, Micarla afirmou que cuidar de gente foi a melhor coisa que fez durante sua gestão na Prefeitura do Natal e ressalta que o pior foi lidar com lado obscuro da política, onde foi ‘escanteada’. “Detestava escutar certas negociações, de saber que pessoas pagam qualquer preço por algo. Quando não fiz o que queriam, escutei que não sabia negociar. Realmente, não sei negociar com canalhas. Foram muitas lágrimas. Esse sofrimento que passei me fez uma pessoa melhor”.
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