Muitos se perguntam qual é o tamanho do compromisso da Câmara dos Deputados com o combate à corrupção. A dúvida foi sanada numa sessão extraordinária realizada na noite desta quarta-feira. Nela, o deputado Wilson Santiago, denunciado por corrupção, recebeu de volta dos colegas um mandato que, nas palavras do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, foi posto “a serviço de uma agenda criminosa”.
Sob o argumento de que há o “concreto receio” de que Wilson Santiago volte a utilizar o cargo para praticar crimes, Celso de Mello suspendera o mandato do deputado em dezembro. Para que o gancho fosse mantido, seriam necessários 257 votos. Deu-se, então, a revelação. Dos 513 deputados, apenas 170 (33,1%) votaram a favor do expurgo.
Num placar em que abstenções e ausências contaram a favor do denunciado, nada menos que 342 deputados (66,6%) contribuíram para o retorno do colega tóxico. Desse total, 233 votaram contra a suspensão de Santiago, sete se abstiveram e 102 fugiram do plenário. Presidente da sessão, Rodrigo Maia não precisou votar.
Do RN votaram para devolverem o mandato do acusado de corrupção Wilson Santiago, com direito a videos e tudo, os deputados Beto Rosado, Fábio Faria, João Maia, Natália Bonavides e Walter Alves.
Votaram contra devolverem o mandado de Wilson Santiago, Benes Leocadio e General Girão.
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