Um relatório da Petrobras afirma que as manchas que estão poluindo praias do Brasil são uma mistura de óleos da Venezuela. Nesta terça-feira (8), subiu para 138 o número de áreas do litoral nordestino com resíduos.
O óleo denso e pegajoso chegou nesta terça ao litoral norte da Bahia, nas praias do Forte, Baixio e Porto de Sauípe.
Em Alagoas, o óleo atinge 15 praias, e duas estão em situação mais grave: Coruripe e Piaçabuçu. Os pescadores nem estão indo para o mar.
O óleo também ameaça os corais. No Rio Grande do Norte, mais uma tartaruga foi encontrada coberta de óleo e morreu no fim da tarde.
Equipes do governo já recolheram 133 toneladas de óleo desde o mês passado no Nordeste.
Mais cedo, nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse de novo que os investigadores já consideram um país onde o óleo foi extraído. Ele não falou o nome, disse apenas que pode ter sido criminoso.
Um laboratório da Petrobras analisou 23 amostras do resíduo recolhido. Os técnicos compararam as moléculas com o material produzido pelo Brasil.
"Cada petróleo teria entre aspas um DNA específico. Então, esse conteúdo de moléculas que está em cada amostra é que me permite diferenciar um petróleo do outro e correlacioná-los, buscar semelhanças ou diferenças. Então a gente, grosseiramente, pode dizer que cada petróleo tem um DNA diferente", afirmou o geólogo Mário Rangel, gerente do laboratório de geo-química da Petrobras.
A Petrobras concluiu que o óleo não é produzido, comercializado nem transportado pela estatal. Um relatório da Petrobras, encaminhado aos investigadores, afirma que os resíduos encontrados são uma mistura de óleos venezuelanos.
Questionado, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que ainda não é possível dizer de onde o óleo veio. Mas disse que há três hipóteses:
- Um navio afundado;
- Um acidente durante a passagem de óleo de um navio para outro;
- Despejo criminoso.
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