Ao criar o 29º ministério de seu governo, o presidente Michel Temer disse que tem contado com ampla cooperação das Forças Armadas, que a intervenção na segurança do Rio de Janeiro foi “democrática” e não descartou ajudar outros Estados que necessitarem de apoio na área da segurança.
“Só chegamos à intervenção parcial no Rio de Janeiro — porque ela é parcial e democrática – porque está amparada pelo texto constitucional e é uma intervenção civil, de forma acordada com o governador (Luiz Fernando Pezão)”, afirmou o presidente, dizendo que a criação da pasta “enaltece o diálogo” “numa linha de quem despreza o autoritarismo”.
O presidente, que deu posse no fim da manhã desta terça, 27, a Raul Jungmann como ministro da Segurança, afirmou que o governo “trabalhou conjuntamente para chegarmos aqui em harmonia”. “Desde o primeiro momento quando pedi a cooperação das Forças Armadas e elas jamais se negaram, pelo contrário”, afirmou.
Temer, que confirmou que já chamou os governadores para uma reunião sobre segurança na próxima quinta-feira, disse ainda que o governo não deve “ficar apenas no Rio de Janeiro”, pois ações de segurança pública são solicitadas em todo o País.
Ao destacar que os Estados continuarão os responsáveis pela segurança pública, o presidente disse que “caberá ao ministério coordenar e promover a integração das ações dos Estados, inclusive na área de inteligência”. “Não basta botar a polícia presencialmente, é preciso, nos dias atuais, em face dos avanços tecnológicos, ter inteligência.”
O presidente voltou a dizer que no passado os governantes “não queriam pôr a mão neste assunto” e afirmou que seu objetivo não é interferir em outro poder. “Não vamos invadir competência dos Estados”, afirmou.
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