O Senado decidiu na madrugada desta quarta-feira (10) tornar a presidente afastada, Dilma Rousseff, ré no processo de seu impeachment.
Foram 59 votos favoráveis e 21 contrários, sem nenhuma abstenção. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não votou. Era preciso maioria simples (mais da metade dos senadores presentes) para que o parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) fosse aprovado.
Dilma perdeu o apoio do senador João Alberto (PMDB-MA), aliado do ex-presidente José Sarney. Em maio, quando o Senado decidiu pelo afastamento da presidente, ele votou contra a abertura do processo.
Além dele, os outros três votos contra Dilma, além dos 54 obtidos na abertura do processo, são dos senadores Eduardo Braga (PMDB-AM) e Jader Barbalho (PMDB-PA), que não votaram na primeira fase, e o senador Pedro Chaves (PSC-MS), suplente do senador cassado Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) –este último não votou em maio porque ainda não havia tomado posse.
O resultado, que saiu à 1h30, indica ser muito difícil Dilma conseguir barrar o impeachment na votação final, que deve ter início por volta do dia 25. Nesta ocasião, a petista perderá definitivamente o mandato caso pelo menos 54 dos 81 senadores votem nesse sentido. Foto: Divulgação
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