segunda-feira, 18 de julho de 2016

Fuga de investimentos da Petrobras ameaça 70 mil postos de trabalho no RN

Estado e municípios potiguares receberam R$ 61,8 milhões a menos em royalties de petróleo e gás nos primeiros seis meses de 2016, quando comparados aos repasses realizados no mesmo período do ano passado. A queda foi de 32%. Foram R$ 130,8 milhões até junho, contra 192,6 milhões somados de janeiro a junho de 2015. A redução naquele ano, já havia sido de 31% em relação a 2014.
Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Somado ao déficit registrado em 2015, quando o Rio Grande do Norte embolsou R$ 163 milhões a menos, praticamente R$ 225 milhões deixaram de entrar nas contas do governo do estado e das prefeituras, aprofundando a crise financeira.
O motivo para a redução acentuada do repasse foi principalmente a queda do valor do barril de petróleo, que chegou a custar US$ 120 (em 2008), caiu para US$ 29 e agora está a US$ 50. Em menor medida, a responsabilidade também foi da queda da produção potiguar. Dez anos atrás a Petrobras produzia 76 mil barris de óleo por dia aqui, segundo a própria empresa. Atualmente, apesar de o estado se manter na liderança na produção onshore (em terra), a estatal extrai do subsolo potiguar 65 mil barris por dia. Nos últimos dois anos, cerca de 10 mil trabalhadores perderam seus empregos no setor petrolífero do estado, segundo o presidente Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindipetro/RN), José Araújo. Toda a cadeia envolvendo 70 mil postos de trabalho está ameaçada, de acordo com ele. Foto: Divulgação

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