A chance do pedido de impeachment da presidente Dilma
Rousseff passar na Câmara subiu para 92%, de acordo com análise estatística do
professor de economia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Regis Ely. A
probabilidade do impeachment ser aprovado pela Câmara subiu em dois pontos
percentuais em relação a análise realizada nesta quarta-feira (13), quando as
chances do afastamento da presidente pela Casa eram de 90%. O professor Ely
explica que os percentuais não mudaram muito, apesar do aumento de
manifestações individuais de apoio ao impeachment. Isso acontece porque o
modelo estatístico utilizado previa que os indecisos votariam de acordo com as
orientações das bancadas partidárias, o que está acontecendo. Segundo a análise
realizada pelo professor, o impeachment não passaria pela Câmara, por exemplo,
se fosse registrada uma ausência de pelo menos 10% dos deputados, o que
deixaria os votos favoráveis ao afastamento da presidente na faixa dos 65,9%,
insuficientes para a aprovação da medida. Para que o processo seja aprovado,
são necessários votos de 342 parlamentares, ou 67% do total. A Câmara tem 513
deputados e a decisão está prevista para ocorrer no domingo (17). A estatística
considera que todos os deputados estarão presentes na votação. Cada falta
implica um voto a menos a favor do processo. A partir da ausência de mais de
10% (51 deputados), cairia o número de votos favoráveis à saída de Dilma e o
resultado da votação se inverteria. Foto: Divulgação
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