“Tô precisando de arrumar dinheiro para a campanha”, esta é
uma frase que o lobista Fernando Soares, o Baiano, teria ouvido do presidente
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A conversa, que teria ocorrido entre 2010 e
2011, com o objetivo de “pressionar” o executivo Júlio Camargo, o que resultou
no pagamento de pelo menos R$ 5 milhões em propina para Cunha. Parte de uma série de vídeo inéditos,
as delações de Baiano foram juntadas a depoimentos de alguns dos principais
delatores da Operação Lava Jato, como o próprio Baiano, o empreiteiro Ricardo
Pessoa e os entregadores de valores Carlos Alexandre de Souza Rocha e Rafael
Angulo, que trabalhavam para o doleiro Alberto Youssef. Os delatores dão
detalhes sobre as acusações que fizeram a diversos políticos com foro
privilegiado no STF. Fernando Baiano contou que Cunha aceitou pressionar
Camargo para que ele pagasse propinas em atraso em torno da compra pela
Petrobras de navios-sondas para a estatal. “Nesse momento eu até falei para
ele: ‘Eduardo, o que eu conseguir receber, eu te dou 50%'”, contou Baiano,
segundo o vídeo. Cunha respondeu, de acordo com o delator, “que ele tinha
tomado a decisão de fazer um requerimento para pressionar o Julio” disse o
Baiano. De acordo com denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), o
requerimento foi elaborado por Cunha e subscrito pela deputada Solange Almeida
(PMDB-RJ). Foto: Divulgação
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