Uma
operação com apoio das Polícias Civil e Militar de Apodi cumpriu, na manhã
desta terça-feira (26), nove mandados de prisão preventiva expedidos pela Juíza
de Direito Ana Clarisse Arruda Pereira contra o vereador João Evangelista de
Menezes Filho e outras oito pessoas, atendendo pedido do Ministério Público.
Participam das investigações oito Promotores de Justiça. João Evangelista de
Menezes, que é presidente da Câmara de Vereadores de Apodi, já vinha sendo
investigado criminalmente pelo GARPP (Grupo de Atuação Regional de Defesa do
Patrimônio Público), GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate à
Criminalidade Organizada) e pela Promotoria de Justiça da Comarca de Apodi há
mais de nove meses, por suspeita de desvio de recursos públicos da Casa
Legislativa. No curso das investigações da operação, denominada Apóstolo,
interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram uma
intensa articulação do presidente da Câmara no intuito de intimidar testemunhas
e assim interferir no conteúdo dos seus depoimentos, além de ter destruído
documentos que interessavam às investigações. Diante dessas circunstâncias, não
restou ao Ministério Público outra alternativa senão requerer a custódia
cautelar do investigado e de outras oito pessoas, que vinham tentando
inviabilizar as investigações. Os elementos de prova até agora colhidos apontam
para a prática dos crimes de peculato, extravio de documentos públicos, falsidade
ideológica e uso de documentos falsos, associação criminosa, denunciação
caluniosa, usurpação de função pública e falso testemunho, cujo somatório das
penas pode chegar a até 47 anos de prisão. Foto: Divulgação
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