O
senador Delcídio do Amaral, líder do governo no Senado preso na Operação Lava
Jato, não deverá firmar acordo de delação premiada, afirma a equipe de defesa
do petista. “Não estamos trabalhando com essa hipótese [delação], porque
existem elementos para se combater no processo. A acusação permite um
enfrentamento, uma discussão”, afirmou o advogado Adriano Bretas. Delcídio e o
banqueiro André Esteves foram presos no dia 25 de novembro por ordem do STF
(Supremo Tribunal Federal). O pedido de prisão baseou-se em uma gravação feita
por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Na
conversa, o senador discute com o filho de Cerveró um plano de fuga,
provavelmente para a Espanha, do ex-diretor. Delcídio, na gravação, oferece
mesada de R$ 50 mil para que Cerveró desista de fechar acordo de delação
premiada com o Ministério Público Federal. A legalidade no áudio, segundo o
advogado, “é, no mínimo, questionável”. “E há o fato de ele ter sido preso em
flagrante por um crime, o de organização criminosa, em relação ao qual não
sobreveio denúncia. Isso fragiliza sobremaneira a acusação como um todo, ele
não ter sido denunciado pelo fato ensejador do flagrante”, disse Bretas. A
defesa estuda fazer mais um pedido de soltura do senador, logo após o recesso
no Judiciário, que deve se encerrar no início de fevereiro. Foto: Divulgação
Nenhum comentário:
Postar um comentário