O economista Friedrich Hayek, odiado pela esquerda por ser um
dos elaboradores das críticas ao estado de bem estar social, sempre foi um
opositor da noção de planejamento e, sobretudo, de ajudas setoriais. É que o
governo socorre um segmento da economia e acaba atrapalhando os demais. De
2013 para cá, este raciocínio se revelou verdadeiro. A união desonerou a
produção de carros e eletrodomésticos, diminuindo o imposto sobre produtos
industrializados (IPI) que incide sobre tais mercadorias. Parte do IPI serve
para custear o Fundo de Participação dos Municípios, principal meio de
sobrevivência das pequenas prefeituras do Rio Grande do Norte (mas não apenas
do RN). Com o incentivo fiscal com recursos alheios, os poderes públicos
municipais se viram em situação de extrema dificuldade. É que as contas não
fecham. A
Federação dos Municípios do RN informou que um parte das prefeituras do estado
pagará o salário referente ao mês de Dezembro de 2015 apenas em 10 de Janeiro
de 2016. Justificativa: queda do FPM. Mas a preocupação maior não é essa. No
próximo ano teremos elevação salarial, acirramento da seca e depressão da
atividade econômica, consequentemente, da arrecadação. O colapso dessas
prefeituras se aproxima. Sem ajuda, elas não aguentarão o tranco. Créditos: Daniel Menezes
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