Um dia antes de o governo anunciar como será o pagamento das
pedaladas fiscais, os opositores da presidente Dilma Rousseff afirmaram ontem
que o fim dos débitos não anula o pedido de impeachment contra ela. Segundo o
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o fundamento para
aceitar o pedido de afastamento da petista são decretos editados em 2015 que
teriam descumprido a lei orçamentária. “Ignoramos 2014, não aceitamos a tese que você retroaja
no mandato anterior. O ato irregular foi cometido, os decretos”, disse Cunha,
ao fazer referência às medidas adotadas por Dilma sem autorização do Congresso.
“Não é com o pagamento das pedaladas em 2011 e 2014 que você muda essa
realidade do decreto ter sido emitido em desacordo com a lei orçamentária”,
afirmou o peemedebista. Nesta quarta-feira, 30, o governo deve anunciar os
detalhes do pagamento de todas as pedaladas fiscais mantidas no BNDES, Banco do
Brasil, Caixa Econômica Federal e FGTS. Ao todo, essas dívidas somam R$ 57
bilhões.
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