Eduardo Cunha adiou pela segunda vez a apresentação
de sua defesa ao Conselho de Ética da Câmara. Ele prometera a peça para segunda-feira.
Empurrou para ontem. E jogou para esta quarta. No final de semana, Cunha
esboçou seus argumentos num lote de entrevistas. Não possui propriamente contas
na Suíça. É beneficiário de aplicações feitas em seu nome por um trust,
organização que gere o patrimônio de terceiros. Não recebeu verba suja da
Petrobras. Fez fortuna na década de 80 vendendo carne enlatada para a África. A
palavra de Cunha deveria funcionar como defesa. Mas a plateia se recusou a
chamar de defesa argumentos que não defendem. Indefeso, o presidente da Câmara
seleciona novos argumentos.
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