quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Proposta de imprimir votos da urna eletrônica para evitar fraudes é vetada

A urna eletrônica usada no Brasil não imprime os votos de cada eleitor, o que poderia ajudar a fiscalizar eleições e melhorar auditorias. Este ano, a Câmara e o Senado aprovaram uma emenda constitucional que tornaria isso obrigatório – mas a medida foi vetada.  A presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei da Reforma Eleitoral (13.165/2015) vetando algumas propostas – uma delas é a obrigatoriedade de imprimir os votos da urna eletrônica. O voto continuaria a ser feito pela urna eletrônica, mas seria impresso um recibo que ficaria em uma urna física lacrada – o eleitor não levaria um comprovante para casa, nem mesmo teria acesso ao papel impresso, assim evitando compra de voto. Com isso, a Justiça Eleitoral poderia comparar os votos da urna eletrônica e da urna física, em caso de suspeita de fraude, para identificar diferenças entre ambas. Seria muito mais difícil corromper dois meios de votação – impresso e eletrônico – do que um só. Mas, segundo o Estadão, os ministérios do Planejamento e da Justiça se opuseram à medida, dizendo que o custo seria alto demais: “a medida geraria um impacto aproximado de R$ 1,8 bilhão entre o investimento necessário para a aquisição de equipamentos e as despesas de custeio das eleições”. Estima-se que seria necessário imprimir cerca de 220 milhões de comprovantes, levando-se em conta os dois turnos de uma eleição presidencial. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também se opôs, e vem afirmando ao longo dos anos que a urna eletrônica é 100% segura. Isso é questionado por especialistas em segurança, no entanto. Urnas eletrônicas podem ser suscetíveis a fraudes, seja no software ou na rede que transmite os resultados de cada zona eleitoral. Sem comprovantes de papel, não é possível fazer uma verificação ou recontagem independente. Foto: Divulgação

Nenhum comentário:

Postar um comentário