terça-feira, 11 de agosto de 2015

Cúpula do PT já admite que reconhecer erros do partido é a única saída



Em busca de uma saída para o labirinto de denúncias, desacertos e paralisia que assombra o PT, cresce dentro da cúpula do partido a tese de que é preciso admitir que a legenda cometeu erros e reconhecer, inclusive, que desvios éticos e morais foram praticados por companheiros importantes, como José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil de Lula. Embora a ideia do mea-culpa não conte com o apoio unânime dos petistas, tampouco está concentrada em personagens isolados. A estratégia é vista por gente da cúpula do PT como condição de sobrevivência do partido. Um ministro petista diz que não é possível ignorar a inteligência dos militantes e da população sobre o que vem sendo revelado nas investigações de corrupção ocorridas na Petrobras e que levaram Dirceu à prisão pela segunda vez. O ex-tesoureiro do partido João Vaccari também foi preso pela Lava-Jato. E, na era Lula, o então tesoureiro Delúbio Soares e o ex-presidente do partido José Genoino, assim como Dirceu, sucumbiram sob o mensalão. “Estamos com o ex-ministro da Casa Civil preso, o ex-tesoureiro do partido preso. Já tivemos outro tesoureiro preso. Se não fizermos autocrítica, não vamos conseguir reconstruir o PT”, afirma.

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