O
ex-gerente-executivo da Petrobras Pedro Barusco disse em depoimento à CPI criada
na Câmara para investigar o esquema de corrupção na estatal que existia uma
reserva destinada ao PT no valor que recebia de propina de empreiteiras. "Existia
uma reserva para o PT receber. Não sei como o Vaccari recebeu", afirmou
Barusco, mencionando João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, e afirmando não saber
para quem no partido a verba era repassada. Barusco estima que o PT tenha recebido de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões.
Questionado se seria o "pai" da propina na Petrobras, o ex-gerente
riu e negou. No depoimento que presta desde o final da manhã desta terça-feira,
10, Barusco também afirmou que as empresas já apresentaram preços altos no
primeiro momento. "Sentimos a ação forte de cartel", afirmou.
"Na minha avaliação não houve superfaturamento no Comperj. O que teve foi
preço elevado". “É um caminho que não tem volta. Você começa a receber no exterior um
recurso ilegal, é uma espada na sua cabeça, não tem saída, não tem
saída”, afirmou aos deputados. “Se no começo eu tive a fraqueza de
começar, teve uma fase que fiquei um pouco feliz, mas depois veio um
temor e quase um apavoramento de ter todo esse dinheiro” Foto: Pedro Venceslau
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