Foto: Divulgação
Em depoimento nesta terça-feira (2) à CPI
(Comissão Parlamentar de Inquérito) mista da Petrobras, Paulo Roberto Costa,
ex-diretor de abastecimento da estatal, declarou-se “arrependido”, afirmou que
sua família o convenceu a fazer a delação premiada e disse que o esquema de
desvios na Petrobras repete-se no Brasil inteiro. Na sessão de hoje da CPI,
Costa está sendo submetido a uma acareação com Nestor Cerveró, ex-diretor da
área internacional da empresa. Apesar de afirmar que, mais uma vez, não
responderá às perguntas dos parlamentares, Costa fez um desabafo, que começou
quando ele disse que todas as indicações de diretores da Petrobras, desde o
governo de José Sarney (1985-89) até a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (2003-2010), foram políticas. “Isso aconteceu em todos os governos.
Todos! Com todos os diretores da Petrobras. Se não tivesse apoio político, não
chegava a diretor. Isso é fato”, disse. Na sequência, declarou-se arrependido
por ter aceito participar do esquema de corrupção para chegar ao cargo de
diretor. “Era um sonho meu chegar a diretor ou até a presidente da companhia”,
disse. “Me arrependo amargamente. Infelizmente, aceitei uma indicação política
para assumir a diretoria de abastecimento. Estou extremamente arrependido de
ter feito isso. Se tivesse a oportunidade de fazê-lo, não faria novamente.
Aceitei esse cargo e ele me faz estar aqui onde estou hoje”, disse.
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